Muitos casais que possuem dificuldades para engravidar enfrentam distúrbios hormonais, uma esfera complexa e impactante da saúde reprodutiva.
Essas alterações nos níveis hormonais afetam os dois gêneros, tornando-se um fator determinante nas dificuldades de concepção.
Exemplificando, os diversos hormônios envolvidos no processo reprodutivo influenciam a qualidade do esperma, a regularidade do ciclo menstrual e a ovulação.
Neste contexto, queremos falar sobre os distúrbios hormonais e sua relação inseparável com a fertilidade conjugal.
Nosso intuito é discutir as abordagens disponíveis para superar tais desafios, graças ao avanço da medicina reprodutiva.
Entendendo os distúrbios hormonais
Para entender os distúrbios hormonais, precisamos saber o que são hormônios.
Antes de mais nada, os hormônios são substâncias químicas essenciais produzidas pelo sistema endócrino, responsável por regular diversas funções no corpo humano.
Entre os principais hormônios relacionados à saúde reprodutiva estão o estrogênio e a progesterona, nas mulheres, e a testosterona nos homens.
São estas as substâncias que regulam o ciclo menstrual ou controlam a produção de esperma, por exemplo.
Nesse sentido, os distúrbios hormonais referem-se a desequilíbrios na produção, liberação ou resposta aos hormônios, afetando negativamente o funcionamento normal do corpo.
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O que pode desencadear um distúrbio hormonal?
As origens dos distúrbios hormonais são diversas. Uma simples mudança de hábito pode desencadear irregularidades na produção destas substâncias químicas.
Estes desequilíbrios são manifestados pela sua ausência ou excesso, afetando o funcionamento pleno do organismo.
Porém, algumas condições são amplamente citadas como o início de uma disfunção hormonal:
• Puberdade precoce;
• Presença de tumores do cérebro;
• Uso de medicamentos, como anticoncepcionais;
• Uso de anabolizantes;
• Exposição voluntária ou involuntária à substâncias tóxicas;
• Anomalias em glândulas do organismo, como a tireóide;
• Sistema endócrino deficitário, como incorreções nas glândulas;
• Alimentação precária;
• Obesidade;
• Estresse na rotina.
A boa notícia é que as alterações hormonais não são silenciosas e se manifestam fisicamente.
Ao identificar qualquer sintoma, é preciso procurar um médico especialista (endocrinologista). Vamos saber quais são esses sintomas?
Sintomas que indicam uma possível disfunção hormonal
Os desequilíbrios hormonais podem aparecer sem limitações de idade nos dois gêneros. Entre os sinais mais comuns, destacamos:
• Aparecimento de acne no rosto e no corpo;
• Aumento de peso em um curto espaço de tempo;
• Menstruação sem regularidade e padrão;
• Vontade de se alimentar em horários diferentes, como a madrugada;
• Dificuldade para dormir ou sono em excesso;
• Aumento de pelos no corpo;
• Dificuldade para engravidar;
• Oscilações de humor, cansaço excessivo e irritabilidade.
Os desequilíbrios hormonais no aparelho reprodutor feminino
A gravidez também muda o ciclo hormonal no organismo feminino. Por exemplo, existe a liberação da prolactina pela glândula pituitária.
Seu principal papel está relacionado à produção de leite materno durante a gravidez e a lactação.
A produção em excesso fora da gestação causa a hiperprolactinemia. Este desequilíbrio hormonal afeta negativamente a fertilidade, por conta da alteração nos ciclos menstruais e na ovulação.
A Síndrome dos Ovários Policísticos é outro distúrbio hormonal comum, para citar mais um exemplo.
Saiba mais:
Tratamentos para a Síndrome dos Ovários Policísticos
Como os distúrbios hormonais podem diminuir a fertilidade conjugal?
O impacto dos distúrbios hormonais na saúde reprodutiva varia conforme o tipo e a gravidade do desequilíbrio.
Nas mulheres, distúrbios hormonais causam irregularidades menstruais, anovulação (ausência de ovulação), dificuldades na fixação do embrião e complicações durante a gestação.
Distúrbios hormonais também podem contribuir para condições que causam a infertilidade feminina, como a endometriose e a baixa reserva ovariana.
Nos homens, esses distúrbios afetam a produção de esperma, reduzindo a qualidade e a quantidade dos espermatozoides.
Quais são os tratamentos para distúrbios hormonais?
O tratamento de distúrbios hormonais é orientado pela causa específica do problema e pelo hormônio envolvido.
A consulta a um endocrinologista pode ser essencial para uma avaliação precisa e para a prescrição do tratamento mais adequado a cada paciente.
No entanto, existem algumas recomendações gerais que ajudam a trazer a regularidade na produção e liberação de hormônios. tais como:
• Modificação na alimentação, com redução no consumo de gorduras e açúcar;
• Prática de atividades físicas com frequência;
• Abstenção de substâncias e toxinas, como álcool, anabolizantes e cigarro;
• Uso de medicamentos que atuam como reguladores hormonais.
A reposição hormonal surge como uma abordagem comum, especialmente em casos de mulheres com indícios de menopausa e hipotireoidismo.
Além disso, para a mulher, os distúrbios hormonais são tratados com anticoncepcionais e reposição de estrogênio.
Esse tratamento é conduzido por meio de comprimidos, adesivos ou implantes.
Como as clínicas de reprodução humana ajudam casais com disfunções hormonais?
As clínicas de reprodução humana conseguem auxiliar casais com disfunções hormonais, oferecendo acompanhamento constante, diagnóstico rápido e diversas opções de tratamento.
Entre elas, podemos citar a aplicação de medicamentos até procedimentos de reprodução assistida, como a FIV.
A abordagem personalizada, aliada ao suporte emocional, torna essas clínicas fundamentais na jornada de casais que enfrentam dificuldades para engravidar.
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