A laqueadura tubária é um procedimento cirúrgico realizado em mulheres que desejam evitar a gravidez de forma definitiva. Vale pontuar que o método é considerado permanente.
No entanto, algumas mulheres podem reverter essa decisão na posterioridade e buscar a possibilidade de engravidar novamente.
Surge então a questão: é possível engravidar após a reversão da laqueadura? Neste conteúdo, queremos explorar as nuances desses casos delicados.
Vamos trazer ainda os fatores que influenciam o sucesso da gravidez após o procedimento e qual é o método de reprodução assistida recomendado para estas mulheres.
Laqueadura tubária: entendendo o método contraceptivo
A laqueadura tubária envolve o corte ou bloqueio das trompas de falópio. O objetivo do método contraceptivo é impedir a passagem dos óvulos para o útero.
Assim, a cirurgia interrompe a comunicação entre os órgãos reprodutivos femininos, impossibilitando a fecundação e, consequentemente, a gravidez.
A natureza da cirurgia é permanente, teoricamente falando. Porém, mulheres ainda podem reverter esta decisão e recuperar a fertilidade.
Reversão da laqueadura: como o procedimento é realizado?
A reversão da laqueadura é um procedimento cirúrgico realizado para restaurar a comunicação entre os órgãos reprodutivos das mulheres, previamente interrompida pela laqueadura tubária.
A técnica utilizada no procedimento da laqueadura influencia diretamente na possibilidade de reversão.
Desta forma, havendo a possibilidade de reversão, as partes cortadas, amarradas ou bloqueadas das trompas são reconectadas ou reparadas, permitindo que o óvulo tenha mobilidade até as trompas, onde poderá ser fertilizado pelo espermatozoide.
Esse procedimento é mais complexo do que a laqueadura original e pode ser realizado por meio de cirurgia laparoscópica ou abdominal. A abordagem dependerá do tipo de laqueadura (corte ou bloqueio) e das condições de saúde da paciente.
Por exemplo, a natureza do material utilizado na laqueadura, como clipe de titânio ou anel de plástico, pode influenciar a reversão. Laqueaduras realizadas com tais materiais têm uma taxa de sucesso maior.
Após a cirurgia, a internação é breve, seguida pela recuperação domiciliar. Evitar atividades extenuantes é uma recomendação médica, assim como evitar relações íntimas por, pelo menos, 30 dias.
É possível engravidar após a reversão da laqueadura?
Mulheres que se submeteram à cirurgia de laqueadura podem sim recuperar a fertilidade. Porém, o sucesso de uma gravidez nesta condição depende de vários fatores.
Entre eles, destacamos:
• Extensão da laqueadura: a quantidade de tecido tubário remanescente e a integridade das trompas de falópio após o procedimento de reversão são condições relevantes para restaurar a fertilidade da mulher;
• Idade da paciente: a fertilidade diminui naturalmente com o tempo, algo que está relacionado à reserva ovariana. Então, mulheres mais jovens tendem a ter melhores chances de sucesso na gravidez após a reversão da laqueadura;
• Condições gerais de saúde: obesidade, tabagismo e problemas hormonais, por exemplo, têm um impacto na capacidade de engravidar após a reversão;
• Fator masculino: a qualidade do esperma também interfere na capacidade após a restauração das trompas;
• Período entre a laqueadura e a reversão: o tempo decorrido entre a cirurgia original e sua respectiva reversão pode afetar as chances de sucesso na gravidez. A probabilidade de sucesso é maior quando a reversão é realizada precocemente;
• Remoção parcial da trompa: Em casos em que apenas uma porção da trompa é removida durante a laqueadura original, há a possibilidade de que a parte remanescente seja funcional, permitindo a reversão;
• Salpingectomia total: se as trompas foram removidas completamente, a gravidez espontânea é impossibilitada. Porém, casais podem recorrer aos métodos de reprodução assistida para a concepção.
Vale pontuar ainda que condições que afetam o aparelho reprodutor feminino, como endometriose e Síndrome dos Ovários Policísticos, podem influenciar a capacidade de concepção após a reversão da laqueadura.
Gravidez ectópica: um risco da reversão de laqueadura
A gravidez ectópica é uma questão a ser discutida quando o assunto é reversão da laqueadura.
Nesse tipo de gravidez, o embrião se implanta fora do útero, geralmente nas trompas de falópio. Tal situação leva a complicações sérias para a mulher, como ruptura tubária e sangramento interno. O feto também não consegue se desenvolver em tais casos.
A possibilidade de gravidez ectópica deve ser cuidadosamente discutida entre o paciente e o médico antes da reversão da laqueadura.
Por estas razões, a Fertilização in Vitro é o método de reprodução assistida mais recomendado para mulheres que fizeram a reversão da laqueadura ou que sofreram danos permanentes nas trompas de falópio.
Fertilização in Vitro: o sonho da gravidez ainda é possível
A Fertilização in Vitro (FIV) surge como o melhor método para concepção, quando a reversão da laqueadura não é mais possível.
Isso ocorre porque a FIV contorna a necessidade de trompas de falópio funcionais, que podem ter sido danificadas durante o procedimento de laqueadura.
Neste procedimento, os óvulos são coletados diretamente dos ovários e fertilizados em laboratório. Os embriões resultantes são então transferidos para o útero da mulher, onde podem se desenvolver normalmente.
No entanto, é importante que a tentante seja avaliada por um especialista em fertilidade para determinar a melhor abordagem para suas circunstâncias individuais. A Clínica Effetto está aqui para isso.
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