A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida bastante complexa, mas, ao mesmo tempo, rápida (leva de 15 dias a um mês). Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) ela é um dos tratamentos mais indicados para pacientes com diagnóstico de infertilidade — principalmente, entre mulheres que optaram por adiar a maternidade.
Neste artigo, mostramos os principais pontos sobre o procedimento. Para conhecê-lo, continue a leitura.
Como funciona a fertilização in vitro?
A fertilização in vitro consiste, basicamente, na junção do óvulo com o espermatozoide (de um parceiro ou doado). Mas para chegar lá, há um longo caminho:
- primeiramente, a mulher passa por um processo de estimulação ovariana, tomando medicamentos (injeções subcutâneas) por cerca de dez dias, para ter uma “superovulação”;
- durante esse período, realiza-se o acompanhamento ecográfico, em média, a cada dois dias;
- quando os óvulos estiverem maduros, realiza-se a aspiração (com o uso de uma agulha, guiada por ultrassom transvaginal, colocando-os em um prato de cultura;
- nessa mesma fase, é feita a coleta do sêmen e a escolha dos melhores espermatozoides;
- só então, os espermatozoides selecionados são colocados em contato com o óvulo, para que ocorra a fecundação no laboratório (in vitro);
- em alguns dias, realiza-se a transferência de um ou mais embriões (óvulos fertilizados) para o útero.
A partir desse momento, é preciso aguardar para ver se a gravidez irá vingar. Vale destacar que o número de embriões que podem ser transferidos varia de acordo com a idade da paciente, obedecendo normas do Conselho Federal de Medicina.
Quais são as indicações do procedimento?
O diagnóstico de infertilidade é feito após um casal estar tentando gestar há 1 ano, caso a paciente tenha menos de 35 anos ou 6 meses, caso a parceira tenha mais de 35 anos. As principais indicações de fertilização in vitro são:
- obstrução tubarea;
- endometriose;
- baixa reserva ovariana;
- fator masculino grave (ausência de espermatozoides, baixa quantidade e/ou qualidade).
Sendo assim, para indicar o procedimento, o especialista em reprodução analisa o histórico clínico do casal e faz o exame físico da mulher. Em seguida, solicita exames complementares, tais como:
- ultrassom transvaginal para pesquisa de endometriose;
- histerossalpingografia (raio-X com contraste, para visualizar as trompas e a cavidade uterina);
- dosagem de hormônio anti-mülleriano (um exame de sangue) e contagem de folículos antrais (um tipo de ultrassom pélvico) para avaliar a reserva ovariana da paciente;
- espermograma completo (para o homem).
Durante o tratamento de FIV, é possível realizar um exame complementar do embrião, chamado diagnóstico pré-implantacional. São testes genéticos diagnósticos realizados em células do embrião antes da sua transferência ao útero. Este exame é normalmente indicado para pacientes acima de 40 anos ou em casais com alguma alteração genética.
Como é a procura pelo procedimento?
O levantamento mais recente do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgado em 2020, aponta o protagonismo brasileiro no uso de técnicas de reprodução assistida, assim como um aumento da confiança da população nos seus alcances. Em 2019, foram realizados 43.956 ciclos de fertilização in vitro no Brasil.
Além de casais heterossexuais com problemas de infertilidade, a FIV também é procurada por mulheres que optaram pela gravidez tardia e produção independente e congelaram seus óvulos, bem como casais homoafetivos femininos. Nesses casos, os espermatozoides provêm de um banco de esperma. Casais homoafetivos masculinos também devem passar por um processo de FIV, neste cenário, com doação de óvulos.
Segundo especialistas, o aumento na procura pela FIV tem, entre outros fatores, relação com a limitação do número máximo de embriões transferidos por evento, em conformidade com as determinações do Conselho Federal de Medicina (CFM). Isso não apenas diminui o risco de gestações múltiplas, como das complicações associadas. Assim, sempre que possível, prioriza-se a transferência única.
Quais são as orientações durante a pandemia?
Por conta da pandemia de Covid-19, a indicação para o tratamento deve ser analisada considerando a urgência de cada caso. Pacientes oncológicos e aqueles cujo adiamento pode causar danos irreversíveis (pacientes com idade avançada ou baixa reserva ovariana) à capacidade reprodutiva têm carta branca para continuarem em busca de seu sonho (em clínicas que sigam rígidos protocolos de biossegurança, logicamente).
Isso, contanto que, antes e após engravidar, comprometam-se a adotar todos os cuidados preventivos (principalmente, uso de máscara e distanciamento social). Afinal, estamos em um momento que todo cuidado é importante.
Já os demais pacientes devem conversar com seu especialista. Juntos, podem chegar à melhor estratégia de tratamento.
Quais são as taxas de sucesso da FIV?
A taxa de sucesso da FIV varia com o fator de infertilidade, mas principalmente conforme a idade da mulher. Em média, 40% das pacientes submetidas a FIV, engravidam.
Segundo dados da SBRA, seis em cada dez pacientes que realizam a fertilização in vitro conseguem engravidar e terem seus bebês. Isso, contato que tenham menos de 35 anos.
Onde realizar uma fertilização in vitro?
Procedimentos de reprodução assistida devem ser feitos, exclusivamente, por médicos especialistas em reprodução humana, assessorados por uma equipe multidisciplinar. Isso é importante, inclusive, para o manejo pós-tratamento.
Se você procura um local que reúna expertise técnica e atendimento humanizado, conheça a Clínica Effetto. Além da fertilização in vitro, nossa equipe de especialistas realiza outros tratamentos de fertilidade e procedimentos complementares. Tudo para ajudar a realizar seu maior desejo: a tão sonhada maternidade!
Caso haja alguma dúvida sobre o assunto, sinta-se à vontade para entrar em contato. Estamos inteiramente à disposição!